Perdeu, mané” foi uma frase proferida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso durante uma conferência em Nova Iorque, após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, quando eleitores de Bolsonaro xingavam o ministro na frente do hotel onde estava hospedado. Tornou-se uma expressão notória na política brasileira, tendo sido utilizada durante as manifestações golpistas de 8 de janeiro
Bernardo Van Brussel Barroso, filho do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, decidiu que não voltará para os Estados Unidos após a medida adotada pelo governo do presidente norte-americano, Donald Trump, de suspender os vistos de ministros da Corte. As informações são do UOL.
Dos onze ministros da Corte, oito perderam a autorização para visitar os EUA, incluindo o próprio Luís Roberto Barroso. A medida é parte de um pacote de sanções anunciadas pelo presidente dos EUA contra o Brasil principalmente por causa do inquérito da trama golpista envolvendo Jair Bolsonaro (PL), que é réu, cumpre medidas cautelares e está em prisão domiciliar.
O filho do ministro vive atualmente em Miami, no estado da Flórida. Bernardo Van Brussel Barroso viajou de férias para a Europa antes de ministros do Supremo serem punidos com base na Lei Magnitsky. Van Brussel deve viajar para o Brasil, porque não houve notificação oficial de quem está com o visto suspenso.
Entenda
O presidente Trump decidiu acionar a Lei Magnitsky para impor sanções contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, em razão do inquérito do plano golpista. Moraes é o relator do caso no Supremo.
A Lei Magnitsky foi promulgada em 2012, após a morte do advogado russo Sergei Magnitsky, ocorrida em 2009 em uma prisão de Moscou, onde ele estava detido depois de denunciar um esquema de corrupção ligado a autoridades do país. Inicialmente restrita a punir os responsáveis por sua prisão e morte, a legislação ganhou, em 2016, alcance global, permitindo que Washington aplicasse sanções a qualquer pessoa ou entidade acusada de corrupção ou violações de direitos humanos, mesmo sem condenação formal.
As medidas previstas incluem o congelamento de bens e ativos financeiros — como contas, investimentos e propriedades — pertencentes aos sancionados, bem como a proibição de entrada em território norte-americano e de realização de negócios com cidadãos ou empresas dos EUA.
O uso da lei neste caso tem alimentado discussões sobre seu papel como ferramenta de pressão política, especialmente em um cenário de crescente atrito entre Brasília e Washington.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi incluído na lista de sanções da chamada Lei Magnitsky, conforme anunciou o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos em nota oficial. (Brasil 247)